
Uma cena triste espantou a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e Associação R3 Animal na Praia da Galheta, em Florianópolis. Durante o monitoramento de rotina, a areia da praia estava tomada de tampinhas plásticas de todos os tipos, cores e tamanhos. Durante dois dias foram recolhidos 7,735kg de tampas. Na manhã de quarta-feira, 17, o monitor Renato Coelho percorreu a praia beirando a linha da maré e recolheu sozinho 4,485kg de tampinhas plásticas. Segundo ele, se fizerem uma varredura em toda a largura da faixa de areia, será possível recolher muito mais lixo da praia.
Dias antes, no domingo, 14, o biólogo Everton Zart e o monitor Osmar Júnior já haviam feito uma coleta do lixo descartado de maneira errada. Em apenas 500m de praia os dois recolheram 3,280kg de tampas. Vale lembrar que a Praia da Galheta é uma praia sem habitantes ou comércio no local onde o naturismo é permitido por lei municipal. O acesso é feito somente por trilhas e a praia tem apenas 950 metros de extensão de areia de uma ponta a outra. Encontrar uma quantidade dessas de lixo em uma praia deserta é preocupante.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Em Florianópolis é a Associação R3 Animal quem executa o PMP-BS. A sede fica dentro do Parque Estadual do Rio Vermelho. Diariamente, três equipes fazem o monitoramento das praias do mar de fora da Ilha de Santa Catarina – da Praia Brava, ao Norte, à Praia da Solidão, ao Sul.