
Um capotamento no sábado (19) na Rodovia João Gualberto Soares se revelou um caso de perseguição e agressão, diferente do que havia sido informado inicialmente pela polícia. As vítimas que estavam no carro afirmam que estavam fugindo de um motociclista que estava tentando alcançá-los. A mulher que estava no carro, e que pediu para não ser identificada, contou que o capotamento ocorreu por causa da fuga, e mesmo após o acidente, o namorado dela foi agredido.
“Saímos do baile no Sítio Tia Eliete, por volta das 5 horas da manhã, fomos até o posto de gasolina o primeiro do ingleses para lanchar, pois estávamos com fome. Ao retornarmos, perto do colégio Carandiru (Intentende José Fernandes), percebemos que uma moto estava nos seguindo. O condutor da moto começou a acelerar a moto e chutar o carro. Meu namorado abaixou o vidro do carro e perguntou o que havia acontecido. O motoqueiro não respondeu apenas acelerava joga a moto em cima do carro e chutava o mesmo”, contou a vítima.
As vítimas acreditavam que o homem estava armado. Ainda em fuga, acionaram, por celular, a polícia que tentou acalmar os dois. O veículo entrou no Travessão e saiu em outro ponto da João Gualberto.
“Quando chegamos em frente ao uma casa de carne, a pista estava molhada e na curva, nos perdemos, o carro rodou na pista e capotou. Já com o carro capotado, conseguimos tirar o cinto. Saímos do veículo, e o condutor da moto desceu e começou a bater no meu namorado. Ele não revidou nenhum soco, só pedia calma, porém, sem sucesso. Eu gritava, pedia socorro, perguntávamos o motivo daquilo e ele gritava que havíamos fechado ele. Só que em momento algum houve isso. Achávamos que poderia ser um assalto ou até mesmo um sequestro”, afirmou a vítima.
Em seguida, após os constantes pedidos para parar de agredir o namorado, a mulher conseguiu que o homem parasse.
“Ele me olhou e disse que iria parar de bater porque eu era irmã do Jean, porém desconheço esse nome. Tenho quatro irmãos e nenhum com esse nome. Ele fugiu do local. Quando a polícia chegou, ele retornou ao local do acidente, ele estava visivelmente drogado. Completamente alterado, ele gritava com o policial. O mesmo foi detido e já tinha várias passagens pela polícia. Meu namorado também foi encaminhado á delegacia, fez exame de corpo delito e eu fui encaminhada ao Hospital Celso Ramos”, contou aliviada.
As vítimas que estavam no carro estão em casa se recuperando do susto. Elas não estavam embriagadas, como informou inicialmente a polícia. A ocorrência foi registrada na Polícia Civil onde serão levantados outros detalhes. Todos prestaram depoimento.