
Há cinco anos eu estava em frente aos microfones da CBN Diário, por várias horas, contando detalhes de uma manifestação histórica em Florianópolis. Me atrevo a dizer que as 30 mil pessoas que estavam na rua, protagonizaram um protesto tão importante quanto a Novembrada, ocupando as duas pontes entre a Ilha e o Continente. Era só a CBN que contava tudo o que acontecia na cidade nesta noite. Ancorei das 19h até 1h ao lado de Janniter Decordes, com os repórteres Eduardo Fernandes e Osvaldo Sagaz nas ruas.
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Fecho os olhos e me lembro da cena: eu estava no estúdio, na ancoragem, e vi pelo monitor uma fila enorme pela Avenida Gustavo Richard, no Centro, e falei para que os motoristas que estivessem me ouvindo pela CBN ligassem o pisca alerta. Todos os carros que estavam enquadrados na imagem ligaram o pisca. Estavam todos ali ouvindo, se informando e com a expectativa de liberação das pontes.
O impacto do rádio ao vivo e presente na vida da comunidade, diante de fatos grandiosos, é algo que não consigo mensurar. A CBN Diário, como de praxe, fez um trabalho excepcional, característico de sua jornada. Foi assim no apagão e foi assim há cinco anos.
E numa análise fria, o povo que gostaria de uma mudança no país pouco viu avanços. A segurança se agravou, a saúde está em dificuldades, mobilidade urbana piorou e os escândalos políticos estão mais intensos. Tudo piorou e o povo não continua pedindo mudanças.