Tanto a Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF) como a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Aresc) responderam o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), depois que um Inquérito Civil foi instaurado para investigar os problemas de poluição no Rio Capivari. A denúncia foi feita pela Associação dos Moradores de Ingleses (AMI). A única que se compromete em adotar medidas de cobrança é a Aresc, no documento recebido pelo promotor Alceu Rocha. O Conexão teve acesso a resposta das duas partes, das sete citadas a se esclarecer. A divulgação foi feita com exclusividade no programa Conexão Notícias, com Emanuel Soares, na Rádio Felicidade.
Na resposta dada em sete páginas por Reno Caramori, presidente da Aresc, a agência diz que vai exigir da Casan a instalação de uma bomba reserva, além de um grupo gerador de energia junto a elevatória do centrinho dos Ingleses. A situação no local é grave, já que o esgoto vazou da rede da Casan três vezes em janeiro, indo diretamente para o mar na Servidão Benito de Freitas que fica a 170 metros da elevatória. Depois de uma inspeção, a companhia verificou entupimento na elevatória, como mostrou o Conexão.
A Aresc também afirmou que vai pedir dados sobre o funcionamento das elevatórias de Ingleses nos últimos quatro anos, além de acompanhamento das condições operacionais no bairro e das obras de ampliação do sistema de esgoto.
Já o município não se compromete, mas lista as ações já realizadas. O relatório da prefeitura é assinado por Fábio Ritzmann, superintendente de Habitação e Saneamento, que participou da reunião do Conselho de Desenvolvimento do Norte da Ilha (Codeni) no dia 11 de fevereiro.
Além dos que já enviaram resposta, foram citados ainda pelo Ministério Público os presidentes da Casan, do Instituto do Meio Ambiente (IMA), superintendente da Floram, secretaria municipal da Saúde e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre o projeto de infiltração em margem que não foi realizado no rio. Segundo o ex-superintendente de Habitação e Saneamento, Lucas Arruda (atual servidor da Casan), esse projeto estaria como uma das soluções para a poluição no rio e seria realizado até o fim do ano passado.