
A NSC Comunicação, sucessora da RBS, anunciou nesta quarta-feira (16) o fim das edições impressas dos jornais Diário Catarinense e Hora de Santa Catarina. O DC seria substituído por uma revista semanal e a Hora não terá mais veiculação, a não ser pela internet. Há pelo menos sete meses as edições impressas de ambos jornais não chegavam para comercialização em alguns dos principais centros comerciais do Norte da Ilha. Além do fim das duas publicações de Florianópolis, a mesma empresa anunciou a descontinuidade das edições diárias do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau, e A Notícia, de Joinville. O foco de todos os veículos citados será na produção de conteúdo pela internet mediante cobrança por acesso dos internautas.
Nos bastidores se dá como principal motivo das mudanças a queda vertiginosa de assinantes (pagantes) e de anúncios publicitários, além da mudança de comportamento do público que procura mais notícias pela internet. Para enfrentar o novo momento, a empresa demitiu jornalistas e colaboradores de diversas áreas, além do desmonte do parque gráfico, localizado no Continente em Florianópolis, que encerrará as atividades até o fim do mês.
Em nota, a NSC diz que os jornais serão substituídos por revistas semanais que vão se chamar DC Revista, AN Revista e Santa Revista.
Histórico
O Diário Catarinense foi fundado em 5 de maio de 1986. Foi o primeiro jornal informatizado da América Latina e o pioneiro ao publicar fotos coloridas no Estado. Chegou a ter a maior tiragem, deixando para trás o antigo Jornal O Estado considerada uma das principais publicações de Santa Catarina ao lado do jornal A Notícia. O processo de construção do DC foi coordenado pessoalmente por Maurício Sirotsky Sobrinho, fundador da RBS, que morreu dias antes do lançamento oficial da publicação. Já a Hora de Santa Catarina foi criada em 2006 com foco em reportagens populares. O projeto inspirado no já existente Diário Gaúcho foi copiado de tabloides britânicos que tinham como foco notícias mais sensacionalistas e cores chamativas, numa tentativa da RBS de se incluir em camadas mais pobres da sociedade. As primeiras edições foram vendidas a R$ 0,25 centavos.
Veja a primeira capa do DC
