
Mesmo no inverno, o combate ao mosquito Aedes aegypti continuou em Florianópolis. O motivo é que os focos do popularmente conhecido ‘mosquito da dengue’ dobraram em 2019, se comparados os números com o ano anterior. A Vigilância Epidemiológica acredita que eles podem triplicar ao ritmo aplicado até o momento. Dezenas de agentes visitam casas e comércios nas zonas mais preocupantes para alertar os moradores. Em Ingleses, maior bairro do Norte da Ilha, são 17 focos de dengue e, segundo um dos agentes que visitou locais de comércio, três pessoas foram diagnosticadas com dengue no bairro.
Enquanto nos anos de 2017 e 2018 os números se mantiveram em 484 e 581 focos, respectivamente, em 23 de setembro os focos do mosquito já batiam os 1,2 mil (dados consolidados). Por isso, a saúde municipal acredita que os focos podem triplicar de um ano para o outro, com o aumento significativo esperado até o fim de 2019. Diante dos números alarmantes, a Capital 48 casos de dengue, até dia 23, com 17 casos de autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do município. Outros 31 são importados. Os bairros da área continental são os que concentram o maior número de focos.
O mosquito é o vetor, ou seja, ele não é o portador originário da doença. O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amaduremento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. Ela ‘pica’ alguém que já possui a doença e passa para outra pelo mesmo processo na busca por sangue para os ovos.
Cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença. Mesmo sendo vetor, há estudos que indicam que o mosquito pode nascer de uma fêmea infectada já com a doença.
Além da dengue, o mosquito pode transmitir zika vírus (não há casos em Santa Catarina) e febre chikungunya, que possui confirmação de quatro casos confirmados em Florianópolis, porém, todos importados.
Dicas para evitar a dengue
- Mantenha a caixa d’água fechada
- Mantenha tonéis e barris d’água tampados
- Lave semanalmente os tanques utilizados para armazenar água com escova e sabão
- Encha até a borda os pratos das plantas com areia
- Coloque no lixo todo objeto não utilizado que possa acumular água
- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada
- Mantenha as calhas limpas
- Não deixe água acumulada sobre a laje