
A operação da PF realizada na manhã desta quarta-feira (30) contra o governador Carlos Moisés (PSL), tem como origem outra operação. Em maio, a operação O2 com mais de 100 policiais reviraram o Centro Administrativo na SC-401. Porém, depoimentos colhidos mais pra frente demonstraram que o governador poderia ter tido participação no esquema criminoso investigado para a compra de respiradores. Ele negou isso desde o início.
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Em maio, a operação O2 cumpriu 35 mandados em Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. Na época, o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) confirmou fraude no processo de aquisição de 200 respiradores, mediante um sofisticado esquema criminoso que envolveu a corrupção de agentes públicos, falsidade ideológica em documentos oficiais, criação de empresas de fachada administradas por interpostas pessoas e lavagem de dinheiro.
Na época, o ex-secretário da Casa Civil do Estado, Douglas Borba, considerado braço direito do governador, foi levado a ir prestar depoimento na Deic (Diretoria de Investigações Criminais). Depois, ele chegou a ser preso e hoje está em liberdade, mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Borba foi apontado pela servidora exonerada, em entrevista, e pelo ex-secretário Helton Zeferino, como responsável por apresentar a empresa que vendeu os respiradores ao governo.