
A PF (Polícia Federal) não encontrou elementos que incriminem o governador afastado, Carlos Moisés (PSL), no caso da compra fraudulenta de 200 respiradores ao valor de R$ 33 milhões, pagos antecipadamente e sem garantias de recebimento. A informação foi revelada nesta terça-feira (27) pelo jornal Zero Hora. A PF entrou no caso para avaliar as declarações de outros suspeitos que disseram estar agindo em nome do governador que tem foro privilegiado. A ação foi autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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Os advogados do governador afastado já receberam a informação de que não há “tráfico de influência” por parte do mandatário que responde a um pedido de impeachment na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) por conta da compra fraudulenta pelo Estado. O próprio governador garante que determinou as investigações quando soube de irregularidades na compra sem garantias de entrega e paga antecipadamente.
A maior suspeita de crime recai sobre dois ex-secretários que podem ser indiciados pela PF, a qualquer momento. Um dos secretários que fazia parte do governo chegou a cobrar propina para não cancelar o contrato com a empresa Veigamed, que está na linha de investigação.
Ainda assim, o governador Moisés poderá responder o impechment por omissão nesse caso, já que não acompanhou de perto a situação que envolve a compra.
Deputados escolhidos
Os deputados que vão julgar o governador no caso dos respiradores foram escolhidos: Valdir Cobalchini (MDB), Fabiano da Luz (PT), Marcos Vieira (PSDB), José Milton Shaeffer (PP) e Laércio Schuster (PSB).