
Cometeu o acusado os crimes que lhe são imputados e deve ser condenado a perda do seu cargo? Com seis votos não, três sim e uma abstenção, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), foi inocentado do crime de responsabilidade. Ele respondia a denúncia de irregularidades no aumento salarial de procuradores do Estado. Assim, é autorizado a voltar o cargo, 30 dias após ser afastado. A volta é imediata, diz o presidente do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina).
Moisés é apontado, no pedido de impeachment, por crime de responsabilidade ao conceder um aumento salarial a procuradores do Estado, tentando equiparar os ganhos aos do legislativo. Entretanto, a medida não poderia ser dada por uma medida assinada pelo governador. A defesa de Moisés nega que tenha ocorrido crime de responsabilidade e acredita que o governador será absolvido.
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Votaram pela cassação do governador um deputado e um desembargador do TJSC. Um deputado ficou como abstenção. Diferente da sessão que afastou o governador, a sessão desta sexta durou apenas cinco horas com manifestação dos deputados e desembargadores.
Assim, Daniela Reinehr (sem partido) volta a exercer o cargo de vice-governadora de Santa Catarina. Até hoje, esteve no cargo de governadora interina (em exercício), até que a definição sobre o afastamento de Moisés saísse da Alesc.
Outro impeachment

Moisés ainda enfrenta outro pedido de impeachmet sobre a irregularidade na compra de respiradores pelo Estado. Entretanto, a participação do governador na compra fraudulenta foi descartada pela PF (Polícia Federal), após uma operação dentro da residência oficial do governo. Eles não encontraram provas de que Moisés teria articulado a compra dos 200 equipamentos. Por isso, o pedido de impeachment já fica enfraquecido, muito antes da sessão de julgamento.