
Após uma trapalhada sem fundamento, na semana passada, o projeto de cidadão honorário ao cantor e compositor Gilberto Gil, na Câmara de Vereadores de Florianópolis, foi negado pela maioria. O projeto tem a assinatura de Afrânio Boppré (PSOL) e Roberto Katumi (PSD) que não seguiram a cartilha da casa para homenagear pessoas que tenham “relação de relevantes serviços prestados à Florianópolis”. Felizmente, o bom censo prevaleceu. Mas claro, só depois das críticas e da repercussão negativa deste projeto “aloprado”.
O projeto “sem fundamento” foi aprovado em primeira votação, na semana passada, mas não resistiu a segunda, não alcançando 12 votos. Sendo assim, fica enterrado. De qualquer forma, duvido que Gilberto Gil viria a Florianópolis receber a “homenagem”. Aliás, os dois parlamentares, muito bem remunerados por nós cidadãos, deveriam olhar para os artistas da cidade e não para quem não precisa de homenagem.
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Gilberto Gil é um artista completo da MPB (Música Popular Brasileira). Quem nunca ouviu o “Esperando na Janela”? Entretanto, o cantor e compositor não possui relação de relevantes serviços prestados à Florianópolis. Aliás, o músico já esteve aqui e protagonizou um episódio lamentável. Um delegado, na época, que tentava dar uma de comandante da cidade, prendeu Gilberto Gil, em 1976, em posse de um cigarro de maconha.
O caso aconteceu em um hotel na Avenida Hercílio Luz. O país vivia a ditadura militar e a repressão era muito forte a qualquer tipo de ideia ou ideologia. Dias depois, Gil foi solto.