
A morte de João Acácio Pereira da Costa, então com 56 anos, completa 23 anos nesta terça-feira (5). Ele foi assassinado com um tiro na noite de 5 de janeiro de 1998, por volta das 22h, com um tiro na cabeça em um bar de Joinville, no Norte de Santa Catarina. O disparo que matou o Bandido da Luz Vermelha foi efetuado pelo pescador Nelson Pinzegher, de 46 anos, que confessou o crime. Ele foi inocentado, pois alegou legítima defesa.
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Natural de Santa Catarina, Luz Vermelha se mudou para São Paulo ainda na adolescência. Lá, fixou residência na cidade de Santos. João Acácio é o autor de diversos crimes que estão na história policial de São Paulo. Ele se passava por filho de um fazendeiro e cometia crimes na Capital paulista.
Enganava a polícia se passando por quatro assaltantes diferentes: o bandido incendiário que tocava fogo nos corredores das casas para provocar pânico e acordar os moradores, o bandido mascarado que roubava joias, o bandido macaco, por usar um macaco de carro para abrir as janelas, e o Bandido da Luz Vermelha, apelido que ganhou por usar uma lanterna de aro avermelhado que comprou em uma antiga loja de departamentos da Mappin.
Chegou a praticar assaltos quatro dias por semana, sempre das 2h às 4h da madrugada. Foram mais de cinco anos de perturbação pública, com dezenas de assaltos, estupros e homicídios atribuídos a ele pela polícia. Sua preferência era por mansões e tinha um estilo próprio de cometer os crimes, como, sempre nas últimas horas da madrugada e cortando a energia da casa, usando um lenço para cobrir o rosto e sua principal marca: carregava uma lanterna com uma lente vermelha.
A maioria dos crimes ocorreu na década de 60, algo que ganhou até as telas dos cinemas. Ele foi condenado por quatro assassinatos, sete tentativas de homicídio e 77 assaltos. As penas passaram de 350 anos, mas ficou preso 30 anos.
Antes de ser morto, morava de novo em Joinville, no Norte do Estado.