
Nas próximas horas, novas restrições podem ser anunciadas pelo Governo de Santa Catarina, após reunião com prefeitos e MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). Entretanto, os dois primeiros fins de semana de lockdown geraram uma concorrência desleal que vai aniquilar empresas, se não mudar a regra. Fecham o comércio, mas deixam o supermercado vender TV, celular e eletrodomésticos. São itens comercializados por muitas lojas fechadas durante o período.
O objetivo aqui não é ir contra o lockdown. Se avaliado como necessário, ele precisa ser feito. Porém, o entendimento era de que o supermercado ficaria aberto por ser estabelecimento essencial. Neste caso, o ‘essencial’ é a venda de alimentos e bebidas, não de eletrodomésticos. Eu mesmo flagrei uma família inteira comprando um celular para uma menina, no fim de semana, em um supermercado da Capital.
A concorrência é desleal. Enquanto uns fecham, outros se fantasiam de essencial para comercializar eletrodomésticos pela incompetência daqueles que escrevem os decretos. No próximo lockdown, é necessário estabelecer que o supermercado deve, apenas, vender alimentos. Eletrodomésticos não são produtos de primeira necessidade para a comercialização.
Se a regra não mudar, as lojas que vendem esses produtos vão quebrar. Elas não poderão abrir as portas para concorrer de igual forma com os supermercados. E o reflexo de uma ‘quebra’ é a demissão de trabalhadores, em um segmento já fragilizado pela pandemia de coronavírus (covid-19).