
Florianópolis está sem vagas nos cemitérios públicos para pessoas que morrerem com diagnóstico de coronavírus (covid-19) ou outra doença. Tem espaço garantido apenas aqueles que já possuem propriedade de túmulos ou jazigos com espaço livre. O aumento no número de óbitos, em decorrência da pandemia, bate de frente com a falta de espaço. São apenas 110 sepulturas livres na cidade. Como medida emergencial, a Prefeitura de Florianópolis quer licitar a construção de mais 300 gavetas e pagar 500 cremações.
A falta de espaço nos cemitérios da Capital é algo que se arrasta há oito anos. A falta de um sistema informatizado faz com que o município não saiba, ao certo, quantas são as vagas. Então, servidores precisam apurar a documentação para avaliar quantos são os lugares vagos. Atualmente, 110 sepulturas estão livres. O espaço não resolve o problema, o que pode fazer famílias enterrarem mortos em outras cidades.
O cemitério do Itacorubi é o maior de Florianópolis. Lá são mais de 36 mil sepulturas que já possuem título de propriedade. Já o São Cristóvão, no Continente, é o segundo maior. Em ambos locais, o município chegou a exumar corpos em 2016 para abrir mais vagas, o que ainda não foi o suficiente. Já os 12 cemitérios distritais (nos bairros) também estão lotados e sem espaço para construir mais gavetas ou sepulturas.
A solução mais rápida que o município quer adotar é licitar a construção de 300 gavetas no cemitério do Itacorubi e pagar 500 cremações. Neste caso, o valor pode chegar a R$ 5 mil, por cadáver.
Em 2014, o município chegou a lançar um projeto de cemitério vertical, no bairro Cacupé, com mais de 40 mil gavetas espalhadas em torres de cinco andares. Entretanto, o projeto nunca avançou. Os impeditivos para a realização da obra foram na área ambiental.
No Governo de Santa Catarina o aumento diário no registro de mortes, em todo o Estado, já motivou uma consulta ao setor funerário para saber se haverá espaço para sepultamentos e caixões para todos os que, infelizmente, tiverem a morte decretada. Até a possibilidade de contêineres frigoríficos está sendo avaliada.