
A família de José Antônio Rabelo de Moura Brasil, de 39 anos, não conseguiu transportar o corpo do homem de Florianópolis para Mato Grosso do Sul, onde mora parte da família. O valor arrecadado foi insuficiente e o transporte por avião estava avaliado em mais de R$ 20 mil. José foi morto, por engano, ao entrar na comunidade da Papaquara na sexta-feira, 12 de março. Assim, ele teve que ser colocado na única gaveta disponível no cemitério São Cristóvão, no Continente.
Familiares da vítima estiveram na Capital acompanhando os trâmites burocráticos para a liberação do corpo pelo IML (Instituto Médico Legal). Ao ser colocado na única gaveta disponível, a família tem quatro anos de prazo para remoção dos restos mortais de José. O enterro ocorreu no momento em que a cidade enfrenta uma alta no número de mortos por covid-19 e a falta de vagas nos cemitérios.
Segundo a polícia, a vítima morava há dois dias na Capital. Ele havia se mudado da cidade natal para Olímpia, em São Paulo. Depois veio para Florianópolis. Pizzaiolo e instalador de placas solares, José entrou por engano na comunidade da Papaquadra com o carro, através da indicação de GPS. Ele foi atingido por vários disparos e morreu na hora. O crime foi no dia 12 de março.
A principal linha de investigação da polícia é de que integrantes que dominam o tráfico de drogas na comunidade tenham achado que o veículo pertencia a uma facção rival, por ter placas de São Paulo.