
“Jamais algum poeta teve tanto pra cantar”. Foi com esta frase que Claudio Alvim Barbosa, o poeta Zininho, resumiu Florianópolis no Rancho Amor à Ilha, hino oficial da cidade. A poesia escrita por Zininho foi a vencedora de um concurso promovido pela Prefeitura de Florianópolis em 1965, há 56 anos. A letra e a música fizeram do hino de Florianópolis uma das músicas mais populares na cidade. Atualmente, trechos da canção estão espalhadas em placas pela cidade.
Zininho não era Claudio. Nascido com o nome de Orzino, o avô decidiu mudar para Cláudio quando foi registrado e veio morar com os avós Largo Treze de Maio. Esse espaço hoje é a Praça Tancredo Neves, em frente a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas. O poeta era natural de Biguaçu, mas projeto toda a vida na Capital de Santa Catarina.
Na década de 1960, Zininho compôs diversos sambas-enredos para a escola Protegidos da Princesa e era figura conhecida na vida noturna da cidade. Foi produtor de programas de auditório, sonoplasta, criador de jingles, cantor, compositor, locutor, entre outras atividades. Zininho tornou-se referência de valorização da memória cultural da capital dos catarinenses. Este acervo inigualável e as obras que o eternizaram são a base desta exposição na galeria do Mercado Público de Florianópolis.
Morreu em 5 de setembro de 1998, no hospital Nereu Ramos, de enfisema pulmonar. Atualmente, a Avenida Beira Mar Continental leva o nome de “Claudio Alvim Barbosa (Poeta Zininho)”.
Ouça o hino oficial de Florianópolis
Um pedacinho de terra,
perdido no mar!…
Num pedacinho de terra,
beleza sem par…
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar!
Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar…