
O projeto de despoluição do mar na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, ainda não deu certo. Nesta terça-feira (6), a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) diz que já evitou que 7 bilhões de litros de esgoto atingissem o mar. Entretanto, em 2021, somente duas análises de balneabilidade deram positivas para os pontos na avenida. Os ensaios foram feitos pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente) e estão no site oficial da balneabilidade de Santa Catarina.
Das 10 análises feitas em cada um dos três pontos de coleta em 2021, todas foram impróprias neste ano em frente ao monumento da Polícia Militar e próximo a Rua Altamiro Guimarães. Já em frente a Praça Esteves Júnior, o IMA encontrou duas análises próprias, sendo a última em 10 de março. Elas devem se repetir nos próximos dias em todos os pontos.
Em 2020, as análises feitas pelo IMA e divulgadas no site oficial indicam 26 análises em cada ponto. Apenas uma foi própria em frente ao monumento da Polícia Militar, 10 em frente a Praça Esteves Júnior e apenas uma em frente a Rua Altamiro Guimarães.
A Casan diz que o problema da poluição ainda é ligado as conexões clandestinas de esgoto na rede de drenagem pluvial. Entretanto, existe em execução o programa ‘Se Liga na Rede’ que está fazendo a fiscalização, em parceria com a prefeitura, mas financiado pela companhia.
“A Unidade de Recuperação, monitorada e ajustada permanentemente, não visa somente contribuir com as condições da água da Baía, mas objetiva promover a melhoria da qualidade ambiental e da vida de quem mora e frequenta a região. A redução da carga de esgoto e do lixo sólido que eram lançados no mar e a sensível redução do mau cheiro têm contribuído para um maior uso da Beira-Mar”, afirma o diretor de Operação e Expansão da Casan, Fábio Krieger.
O superintendente de Regional Metropolitano da Casan, Joel Horstmann, admitiu que o sistema de esgoto ainda não é usado de forma adequada pelos moradores. “Celebramos e lamentamos, ao mesmo tempo, os excelentes resultados da URA, pois eles demonstram que o sistema de esgoto da região ainda não é usado de forma adequada. (…) O Programa Se Liga na Rede infelizmente ainda constata alto grau de irregularidade nos imóveis, especialmente nos prédios”, complementa.