
A Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) de Florianópolis e o IMA (Instituto do Meio Ambiente) de Santa Catarina emitiram um comunicado conjunto informando que, após intensivo monitoramento, novas análises na água da Lagoa da Conceição não constataram a floração de microalgas potencialmente tóxicas na água. Sendo assim, não há mais a recomendação para evitar o consumo do pescado local. Porém, as instituições recomendam que se evite o contato primário (banho e atividades de lazer) em águas com espumas, manchas marrons, alaranjadas ou verdes, e após períodos chuvosos.
O secretário do Meio Ambiente, Fábio Braga, destaca a importância da melhoria da qualidade da água, mas garante que a autoridade municipal vai prosseguir atenta e vigilante até a recuperação total do ecossistema e a reparação de danos sociais e econômicos.
Em caso de incidências de espumas ou manchas na água, ou ainda episódio de mortandade de animais, deve-se informar os órgãos responsáveis para que seja iniciado o procedimento de investigação.
A superintendente da Floram, Beatriz Kowalski, acrescenta que o “município segue firme em prol da completa recuperação do elemento hídrico e da melhoria global da Bacia Hidrográfica da Lagoa da Conceição”. Destaca, por fim, a necessidade de observar os pontos próprios e impróprios para banho, conforme indicações de balneabilidade do IMA.
Casan x PMF

No fim de março, em entrevista exclusiva ao Conexão, o secretário Fábio Braga afirmou que a prefeitura pode romper o contrato com a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) pelos crimes ambientais cometidos pela empresa nos últimos 12 meses na Capital. Em questão estão três extravasamentos de esgoto da companhia para dentro da Lagoa da Conceição.
“Talvez não seja uma saída tão longínqua. É bom lembrar que a Casan é uma prestadora de serviço. (…) Você sabe quando o prestador de serviço não executa o serviço contratualmente acordado, a chance de rompimento por justa causa é sempre gigante. Não tenho dúvida que esse fantasma que arrasta corrente ele volta a gritar. Está na mesa, devido ao que aconteceu nos últimos 12 meses”, disse o secretário.