
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Santa Catarina está apurando a existência de uma sala paralela de vacinação. Do total de denúncias recebidas, nove estão focadas na Grande Florianópolis. Três casos apurados no Estado são considerados gravíssimos e envolvem a vacinação contra a covid-19 de políticos e familiares que furaram a fila de prioridades.
Foram recebidas 18 denúncias de pessoas que furaram a fila, sendo três considerados casos gravíssimos de políticos e familiares que passaram na frente das faixas etárias prioritárias. O presidente da Seccional, Rafael Horn, recebeu detalhes do relatório do Observatório de Vacinação, apresentado em reunião na manhã desta segunda-feira (26).
Sobre as denúncias fornecidas pela população, segundo o coordenador do Observatório de Vacinação da OAB/SC e presidente da Comissão de Direito da Saúde, Wilson Campos, a maior parte foi recebida pela Coordenadoria-Regional de Florianópolis, sendo o total de nove. Na regional de Criciúma foram sete, e as Coordenadorias de Joinville e Itajaí foram quatro em cada uma. Há ainda outras denúncias sob análise do Observatório.
As denúncias do Observatório de Vacinação da OAB/SC estão sendo apuradas e investigadas para o encaminhamento à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério Público. No mesmo documento, a OAB Santa Catarina também vai requerer esclarecimentos sobre os critérios de aplicação das vacinas, que agora entra na fase de pessoas com comorbidades.
Ainda como o próximo passo, um ofício será enviado para as secretarias municipais de saúde com algumas solicitações. Entre as denúncias dos catarinenses, há falta de transparência no momento de aplicação da vacina. “Profissionais sem documentos de identificação e que não rompam o lacre da seringa na frente do cidadão”, explica. Além disso, será requerido homogeneidade de informações de aplicação nos portais on-line municipais.
Clique aqui para denunciar irregularidades na vacinação: denunciavacina@oab-sc.org.br