
O Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis orienta a queima e quebra das conchas dos caramujos africanos. O aparecimento deles em áreas do Norte da Ilha tem chamado a atenção. A foto acima foi registrada na manhã desta sexta-feira (21), em Ingleses. A espécie foi introduzida no Brasil como uma alternativa ao escargot, entretanto, não agradou ao paladar. As matrizes foram descartadas na natureza e causam hoje um sério problema para a fauna e flora brasileira, gerando também preocupação para a saúde pública.
Aparentemente, o caramujo não apresenta riscos. Porém, o contato com ele pode transmitir diversas doenças, até meningite eosinofílica. A doença afeta o sistema nervoso, causando forte dor de cabeça e rigidez na nuca, por exemplo. Por isso, o município pede que as pessoas que forem remover esses animais usem luvas ou até uma sacola plástica para não tocar diretamente nele.
De acordo com o Centro de Zoonoses, o morador deve colocar os exemplares coletados em um recipiente de metal ou de barro. Os caramujos devem ser queimados com fogo persistente. É muito importante tomar os devidos cuidados para evitar acidentes durante o procedimento, inclusive para conter o fogo evitando que ele
se espalhe.
Após o fogo apagar e os resíduos esfriarem, as conchas devem ser quebradas. A principal orientação é enterrar no solo de forma a não servirem de criadouros para mosquitos, principalmente, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Quem costuma plantar em casa verduras, frutas e legumes que serão consumidos crus, recomenda-se lavá-los em água corrente e deixá-los de molho por 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 1% (uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água potável). Esse procedimento é capaz de eliminar uma grande quantidade de microorganismos que podem causar danos à saúde.
Sal não é recomendado
Não deve-se usar sal para controlar os caramujos. Apesar de matar o caramujo, o sal não é capaz de matar seus ovos que podem estar ainda no interior, além de causar a salinização do solo, prejudicando gramados e plantas por muito tempo. Não utilizar produtos químicos moluscicidas. Essas substâncias são muito tóxicas e não são seguras, podendo ocasionar intoxicação humana e a morte acidental de outros animais, inclusive os domésticos.
Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis fica na SC-401, nº 114 – Itacorubi. Fone: (48) 3338 9004. E-mail: zoonosespmf@gmail.com