
Em ofício enviado na segunda-feira (24), o prefeito Gean Loureiro (DEM), presidente do Consórcio Nacional de Vacinas, solicitou ao Ministério da Saúde uma reavaliação do PNI (Plano Nacional de Imunização) em relação às categorias que são prioridades na vacinação contra a covid-19. No documento, mais de 2 mil cidades brasileiras alertam para o risco de “privilégios e injustiças” ao elencar uma determinada categoria em detrimento de outra no plano.
O corpo técnico do Conectar entende que vencida a vacinação dos idosos e comorbidades, que são comprovadamente mais frágeis à doença, não haveria mais motivos científicos para elencar categorias, com exceção dos profissionais da saúde que trabalham para cuidar dos doentes. No pedido, as entidades municipalistas pedem que após a vacinação dos profissionais de educação, que já iniciou no Brasil, a imunização retome imediatamente a partir das idades de 59 anos em diante.
“Falei com o Secretário Executivo do Ministério, responsável pela logística de vacinação no Brasil. Há uma possibilidade de a comissão que avalia o PNI deliberar na quarta-feira, 26 de maio, por uma retomada paralela nas idades. Ou seja, após terminar a vacinação na educação, as próximas doses viriam destinadas 50% para os próximos grupos já elecandos e 50% para o grupo a partir de 59 anos”, explicou o prefeito Gean Loureiro.
Para o presidente do Consórcio, após os idosos e comorbidades, as pessoas com maior risco de desenvolver gravidade pela covid-19 são as de 59 anos em diante. “Temos assistentes sociais que trabalham desde o início da pandemia, temos caixas de supermercados que mantiveram os locais abertos para abastecer a população, enfim, há inúmeras categorias que também são essenciais e não entraram como prioridade no plano. Não há outra maneira de manter a equidade senão retomar as idades”, finalizou Gean.