
A Prefeitura de Florianópolis vai contratar estudos para conseguir viabilizar a privatização de 13 cemitérios públicos da Capital, segundo apurou o Conexão no Diário Oficial. A intenção é fazer a “concessão” em conjunto de todos os espaços. Atualmente, a Capital enfrenta falta de vagas nos cemitérios públicos, não possui um levantamento oficial do número de mortos e durante o aumento dos óbitos com a pandemia, o município precisou improvisar e até pagar cremações para pessoas que morreram com diagnóstico da covid-19.
A empresa que poderá ser contratada ficaria responsável por implantação de novos espaços, administração, operação, revitalização, modernização, exploração e manutenção dos cemitérios. Além disso, poderia fazer todo o levantamento e até liberar túmulos ou gavetas que estão abandonadas, abrindo espaço para novos mortos serem sepultados.
No pico mais forte da pandemia de covid-19, Florianópolis esteve sem lugares para sepultamento. Mortos com o diagnóstico da covid-19 chegaram a ser sepultados em outros municípios e a prefeitura improvisou pagando algumas cremações. Tudo isso em função da falta de vagas nos cemitérios.
Empresas interessadas têm até 4 de agosto, às 18h, para entregar a proposta de realização dos estudos relacionados a privatização dos 13 cemitérios públicos da Capital.
Falta de vagas

A falta de espaço nos cemitérios da Capital é algo que se arrasta há quase uma década. Atualmente não existe um sistema informatizado para que o município saiba, ao certo, quantas são as vagas disponíveis ou ocupadas. Então, servidores precisam apurar a documentações em papel para avaliar quantos são os lugares vagos. Em março, quando houve o pico da pandemia, a Capital tinha só 110 sepulturas livres.
Em 2014, o município chegou a lançar um projeto de cemitério vertical, no bairro Cacupé, com mais de 40 mil gavetas espalhadas em torres de cinco andares. Entretanto, o projeto nunca avançou. Os impeditivos para a realização da obra foram na área ambiental.