
Os moradores da área afetada pelo rompimento de uma lagoa de esgoto da Casan, no Leste da Ilha, estão resistentes na realização de um treinamento preventivo de desastre oferecido pela Defesa Civil de Florianópolis para o local. A informação foi trazida pelo jornalista Emanuel Soares na Jovem Pan News. O local, alvo de uma tragédia e um crime ambiental, pode novamente sofrer problemas com as chuvas de verão. Nas chuvas de junho, a Casan teve que agir emergencialmente para evitar um novo rompimento no local. Mas agora, o treinamento que poderia salvar vidas, está sendo deixado de lado por uma comissão que representa os moradores que diz ter “outras prioridades”.
“Nós avaliamos, junto aos moradores, que as medidas elaboradas (…) dão conta de não deixar que o acidente ocorra de novo. Houve um acionamento de um sistema de bombeamento, mas os moradores estão seguros de que o rompimento ocorrido lá em janeiro não vai ocorrer. (…) Envolver os moradores numa simulação, alguns estão com traumas psicológicos e não querem participar de uma ação que venha a recordar o que se viveu”, disse Rodrigo Tim, assessor dos moradores e integrante do movimento dos atingidos por barragens.
O representante alega que a Casan não trata os moradores da mesma forma, logo após a tragédia. Ao todo, 12 moradores ainda não receberam a indenização. O caso foi tratado em uma audiência pública na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).
Para apresentar as medidas que estão sendo repelidas, a Defesa Civil de Florianópolis convocou a imprensa para um café da manhã na quarta-feira (27), onde será apresentado como deve ser o treinamento e o simulado de desastre. Porém, o órgão já realizou reuniões com os moradores para explicar a necessidade. O foco é evitar que a lagoa sofra novos danos, já que ela é uma espécie de barragem de esgoto tratado. A maior preocupação são as chuvas de verão que podem, novamente, colocar o local em alerta.
Atualmente, a Defesa Civil já tem outros núcleos de treinamento para desastres na Capital, principalmente nas áreas do Morro da Cruz.