Instabilidade. Esta é a principal palavra usada por diferentes setores para tratar o novo decreto do governo do Estado sobre as proibições de eventos ao ar livre sem controle de público e exigência do Passaporte da Vacinação. Um decreto nas vésperas da temporada de verão gera insegurança de vários setores, entre eles os mais afetados pela pandemia da covid-19. Proibir eventos como o show de fogos do Réveillon é contraproducente com o avanço da vacinação. A grande pergunta que se faz é o que motiva a não proibição das praias, se a aglomeração também vai ocorrer e não há controle de público?
Se qualquer outra medida for tomada sem conversar com a sociedade, o governador vai enfrentar diversos problemas políticos. O novo decreto foi elaborado enfiando na sociedade o que o Estado pensa ser o melhor, sem diálogo. Gerar problemas na véspera de um momento tão importante demonstra que o Governo do Estado destoa da realidade catarinense.
O governo de Carlos Moisés (sem partido) parece muito mais complicar do que facilitar a vida dos setores afetados. O turismo representa uma importante parcela do PIB (Produto Interno Produto) e o governador está surdo aos gritos de diversas categorias do trade. Ao longo da pandemia, não houve qualquer ajuda de Moisés na redução da carga tributária dos setores mais afetados. A redução sempre foi barrada pelo secretário da Fazenda, Paulo Eli, predador dos impostos do catarinense.
Esta será a temporada da retomada. Qualquer movimento contrário a isso demonstra incapacidade do Estado em lidar com um momento tão importante. Muitos setores já tentaram uma redução de impostos, mas o secretário sempre barra sem qualquer sensibilidade ou tato político. Nos bastidores, corre que para certos pedidos o secretário falou que o Estado é rico e precisa de gente rica consumindo, destoando da realidade atual.
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