
O governo de Santa Catarina está enfrentando uma enxurrada de processos judiciais em função de falhas nas provas para contratação de professores ACTs (Admitidos em Caráter Temporário). A situação pode trazer prejuízos como a falta de professores para o início do ano letivo, previsto para 7 de fevereiro de 2022. Um levantamento do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) aponta que 60% dos candidatos foram reprovados por problemas na redação e uma denúncia foi aberta no MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
O problema está na redação de muitos candidatos que não passaram o título para a folha de respostas. O caderno da prova previa que o título deveria ter passado para a folha final, a que seria entregue para a correção. Diante disso, muitos tiveram a redação zerada. Como muitos não observaram a transcrição do título, agora buscam se agarrar ao edital que não previa o título para a folha final. A situação provocou uma enorme reprovação no concurso que tem como atrativo um salário base de R$ 5 mil.
A direção do Sinte protocolou no MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) uma denúncia a cerca do processo seletivo e diz que há falta de transparência nos critérios utilizados para a correção das redações. “O sindicato espera com essa denúncia ao MPSC que o governo do Estado respeite todos que realizaram a prova e trate este processo de forma mais transparente. Não aceitamos desrespeito com nossa categoria”, diz a nota do sindicato.
A grande reprovação pode impactar o início do ano letivo com falta de professores em diversas disciplinas oferecidas nas escolas estaduais. O governo não se manifestou, mas o Sinte espera ter um desfecho para a história ainda nesta semana, pois na próxima segunda-feira, 7 de fevereiro, está marcado o início do ano letivo para muitos estudantes da rede estadual.