
Um ano e um mês depois da assinatura da ordem de serviço, a passarela de Ratones praticamente não saiu do papel. O canteiro de obras está abandonado e cheio de mato na SC-401, em Florianópolis. O que muitos se perguntam sobre a não-realização de uma obra no período de um ano é se essa história é incompetência ou interesse político para obra em período eleitoral? A resposta é que existe uma mistura dos dois nesse assunto. O atual governador, Carlos Moisés (sem partido), é candidato a reeleição junto com outros integrantes da cúpula que devem se candidatar a cargos legislativos. A obra não tem que ser moeda política, mas algo devido a comunidade há muitos anos. No entanto, o governo segue surdo a isso e demonstra desinteresse sobre algo tão importante para essa região.
A nova política que assumiu o governo catarinense, eleita na onda bolsonarista, está se mostrando velha e com hábitos indecentes. Esperar o período político para fazer a obra da passarela tão aguardada é inapropriado. É impossível acreditar que no período de um ano, não fosse possível fazer a obra de uma passarela e mandar embora uma empreiteira ‘trambiqueira’ que não fez. Relançar, sem valores atualizados, atrasou ainda mais a obra, e é preciso fiscalizar de perto, pois o governo admitiu conversar com empreiteiras interessadas e depois lançar o edital. Isso me parece perigoso. A lisura do processo pode estar comprometida e o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) precisa avaliar essa situação e fazer as adequações.
De fraudes, já bastam os respiradores que custaram R$ 33 milhões e que não foram ressarcidos pelo governo Moisés.
É importante ressaltar que o governo Moisés, que se auto exalta por ter entregue uma nova camada asfáltica na SC-401, não pode esquecer que a obra foi exigida pela sociedade e só ocorreu por uma pressão gigantesca feita por diversas entidades, que tomaram a frente da iniciativa e encurralaram o governador. Foi justamente no momento em que o governo Moisés, isolado na bolha D’Agronômica, não dialogava com ninguém. Entretanto, viu que a confusão seria grande se não realizasse a obra e fez só depois de muita pressão.
A comunidade não pode mais esperar que o governo se sensibilize. É hora de fazer a obra pra valer!