
O gás de cozinha de 13 kg, que já chega a R$ 130 em alguns distribuidores de Florianópolis, deve aumentar ainda mais. O motivo é a alta do óleo diesel anunciada pela Petrobrás que vai impactar o transporte rodoviário para a distribuição dos botijões de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). A Argas (Associação dos Revendedores de Gás) confirmou que o frete vai aumentar, mas que não há como especificar o impacto na ponta, já que o preço não é tabelado.
“Registramos o repúdio em relação aos sucessivos aumentos no custo do diesel praticados pela Petrobras. O último reajuste, anunciado na sexta-feira (17), representa uma alta de 14,26% no valor do diesel vendido às distribuidoras pela petroleira. Com o acréscimo, o preço médio de venda do litro do combustível, passará de R$ 4,91 para R$ 5,61”, diz a Argas.
A reportagem do Conexão encontrou o botijão de 13 kg sendo comercializado com valores que variam entre R$ 125 e R$ 130. Ocorre que entre os meses de janeiro de 2021 e janeiro de 2022 o aumento no custo do produto, comercializado pela Petrobras, foi de 64%. E do início deste ano até junho, a elevação foi de 67%, segundo levantamento da Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina). Somando estes dados com o reajuste anunciado no dia 17, nos últimos 18 meses o preço do combustível acumula alta de 174%.
A entidade ressalta que o modal de transporte, distribuição e revenda de GLP envasado em botijões, depende diretamente do transporte rodoviário abastecido com diesel. Deste modo, os aumentos representam oneração dos custos da revenda e, consequentemente, repasses ao custo final do produto.