
Um empresário Jurerê, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos moradora de Ratones, foi preso preventivamente em São Paulo, onde estava foragido. Ele teria drogado a bebida da vítima com MDMA, estuprado e gravado o ato em vídeo com a jovem sem condições de reagir. Segundo a Polícia Civil, ele responde por estupro de vulnerável e foi preso com uma Ferrari. Um levantamento da defesa da jovem, vítima do empresário, mostra que ele tem cerca de 40 milhões em bens. Com a prisão realizada pela polícia, após autorizado pela 4ª Vara Criminal de Florianópolis, o empresário deve ser transferido para o Estado de Santa Catarina em data que será definida pelo sistema penal.
O crime ocorreu há 3 anos quando os dois se conheceram em um site chamado “Meu Patrocínio”. O empresário convidou a jovem para ir até a casa dele e lá serviu uma taça de vinho onde, segundo o inquérito, ele colocou uma droga sintética chamada de MDMA que deixa a pessoa sem condições de reagir. Praticamente desmaiada, a vítima foi estuprada e o empresário gravou o ato em um vídeo que mandou para outra mulher, moradora de São Paulo, ex-companheira de um jogador de futebol famoso do cenário nacional. A mulher que recebeu o vídeo colaborou com o processo, já que a intenção do empresário era fazer sexo a três.
“A vítima teve as capacidades cognitivas reduzidas. Ela não conseguia reagir, pois ele drogou a bebida dela. A tipificação do crime é esta: estupro de vulnerável. Encontrada no artigo 217, alínea A, somada a captação indevida de imagens. Minha cliente não será transformada em ré, em que pese já tenha sido revitimizada”, disse Bruna dos Anjos, advogada da vítima.
O mandado de prisão foi solicitado pela defesa da jovem e pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) que alegou no pedido que o empresário tentou coagir as vítimas e testemunhas do processo. “O réu se julga “acima do bem e do mal”, ignorando a ação da Justiça buscando “manipular” e coagir testemunhas, ao indicar o que poderia ser perguntado durante a instrução criminal, objetivando, obviamente, montar uma estratégia de defesa, visando alterar a verdade sobre os fatos”, diz o pedido.
“Diante disso, do histórico de ilícitos e de transgressões sempre impunes e resguardadas no status financeiro e social do réu, este continua solto e livre expondo à perigo outras pretensas vítimas”, completa o documento do MPSC.