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Após ser preso, Ed Pereira se mantém calado em depoimento na Polícia Civil

Polícia busca confirmar investigações, mas não comenta mais detalhes pelo caso estar em segredo de Justiça

Emanuel Soares
Por: Emanuel Soares
29/05/2024 às 12h19 Atualizada em 29/05/2024 às 13h32
Após ser preso, Ed Pereira se mantém calado em depoimento na Polícia Civil
Foto: Redes Sociais

O ex-secretário Ed Pereira, que ficou a frente da pasta de Cultura, Turismo e Esporte, se manteve calado no momento do depoimento na sede da Deic (Diretoria de Investigações Criminais). A prisão decorre da segunda fase da operação Presságio, que apura supostos crimes de corrupção durante a passagem dele na secretaria. Um dos focos da operação é confirmar as ligações de Ed com empresários da primeira empresa privada que foi responsável pela coleta de lixo no Norte da Ilha e no Continente. Ela é apontada por crime de poluição no momento do contrato emergencial durante uma greve da Comcap. Caso corre em segredo de Justiça e a Polícia Civil não deu mais detalhes. 

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O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, conhecido criminalista, declarou que o cliente manteve-se calado em depoimento nesta manhã, pois não teve acesso aos detalhes da investigação e nem aos motivos da prisão. Além de Ed, outras 3 pessoas também foram presas e tinham ligação direta com o ex-secretário. Ele foi afastado da prefeitura de Florianópolis no ato da primeira fase da operação, ainda em janeiro, quando deu uma entrevista e declarou inocência.

Ed é investigado por supostas irregularidades na prefeitura, ainda em 2021, quando o governo era de Gean Loureiro (União Brasil). Ed é apontado em diversos áudios obtidos no celular de Renê Raul Justino (também preso), à época diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, como recebedor de dinheiro público. Esse fato está em apuração pelas autoridades para confirmar a veracidade e se o dinheiro partiria da empresa que coletava o lixo. Um dos fatos levantados pela investigação é de que o contrato foi fechado um dia antes da greve da Comcap. 

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A Polícia Civil também apura o recebimento de dinheiro público de projetos sociais ligados ao ex-secretário. Houve problemas na prestação de contas de recursos vindos do governo do Estado em 2009, o que gerou uma condenação e uma multa. A suspeita da polícia é que o instituto criado por ele servia de fachada para o repasse de valores ilegais.

O caso segue em investigação. Em função do segredo de Justiça, a Polícia Civil não deu mais detalhes da operação ocorrida nesta manhã de quarta-feira (29). 

Leia a nota da defesa de Ed

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Acompanhei meu cliente hoje de manhã no interrogatório na DEIC. Como ainda não tivemos acesso ao inquérito, ele optou por permanecer calado, não para exercer o direito constitucional, mas sim porque pretende prestar todos os esclarecimentos a partir do momento em que ele conhecer o conteúdo de toda a investigação. Eu terei acesso ao decreto de prisão somente à tarde, de modo que até lá não terei como me manifestar acerca dos fundamentos pelos quais o juiz entendeu agora decretar a prisão de uma pessoa primária, sem antecedentes, que estava colaborando com as investigações e sempre esteve à disposição da Justiça”.

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