Após a confirmação dos primeiros casos da febre do Oropouche em Santa Catarina, doença provocada pelo maruim avança no Estado. Um boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica na quinta-feira (13) apontou sete cidades do Vale do Itajaí com infectados.
Uma infestação de maruim, o conhecido mosquito do mangue ou pólvora. O maruim é um inseto pequenininho, cuja picada causa coceira e edema local. Ele também pode desencadear reações alérgicas.
Os primeiros três casos surgiram em Botuverá, em 26 de abril. No começo de maio, a quantidade de casos da febre do Oropouche chegou a 10, alcançando também as cidades de Brusque e Luiz Alves.
No levantamento mais recente, são 78 pessoas com a doenças em 13 municípios do Estado. Sete deles no Vale do Itajaí e que somam a maior dos casos: 67. Há registros da doença também em Blumenau, Benedito Novo, Guabiruba e também em Ilhota.
O governo de Santa Catarina informou que uma série de ações passarão a ser desenvolvidas em conjunto com as prefeituras para mapear o avanço da febre. Entre as medidas está a coleta de vetores para estudo e análise de amostras de outros pacientes para fortalecer a vigilância da doença.
De modo geral, o maruim é atraído por umidade, sombra e matéria orgânica. Por isso é importante manter terrenos livres de mato acumulado. Além disso, o uso de repelentes e roupas compridas pode ajudar a evitar as picadas.
Os sintomas da febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da saúde.