O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) incorporou um sonar para aprimorar ações de resgate na região de Piratuba, especialmente nas áreas das barragens das usinas hidrelétricas de Machadinho e Itá. A aquisição do equipamento foi possível por meio de uma parceria com a prefeitura local, visando atender às demandas específicas da região. O município abriga importantes barragens, onde já foram registradas ocorrências complexas, como afogamentos.
De acordo com o tenente André Germanovix, o equipamento representa um avanço crucial nas operações subaquáticas. “Essas duas usinas formam barragens, e já tivemos casos de afogamentos e outros acidentes nessa região. O mergulho era uma operação extremamente complexa e difícil, mas, com esse equipamento, as ações dos mergulhadores tendem a ser muito mais eficazes”, destacou. A usina de Machadinho, maior do estado, e a de Itá são locais estratégicos para o uso da nova tecnologia.
O sonar utiliza ondas sonoras para mapear fundos aquáticos, localizando objetos ou possíveis vítimas submersas com rapidez e precisão. Além disso, permite avaliar a profundidade e identificar elementos que possam estar ocultos em rios, lagos e represas. “É um equipamento que vai auxiliar muito os mergulhadores, pois consegue fazer a leitura do leito de rios, lagos e represas”, explicou Germanovix. A tecnologia promete otimizar o tempo e a segurança das equipes durante as buscas.
O equipamento foi testado recentemente no Rio do Peixe, em Joaçaba, em parceria com o Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Luzerna. Os testes proporcionaram um entendimento mais detalhado sobre o funcionamento e as aplicações práticas do sonar. A presença do IFC reforça o interesse acadêmico em explorar o potencial da tecnologia em operações de resgate e busca subaquática.
“A colaboração entre os órgãos é essencial para a implementação do sonar. O IFC tem contribuído significativamente com as equipes, oferecendo suporte técnico e teórico sobre a física do equipamento, além de ajudar a otimizar parâmetros para buscas subaquáticas”, concluiu o tenente Germanovix. A expectativa é que a tecnologia beneficie não apenas Piratuba, mas também outras regiões com demandas semelhantes.