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Cidasc alerta para cuidados no consumo de mexilhões

Monitoramento aponta risco de intoxicações devido à presença de toxinas marinhas em algumas regiões do litoral catarinense

Jaime Júnior Soares
Por: Jaime Júnior Soares
31/12/2024 às 01h33
Cidasc alerta para cuidados no consumo de mexilhões
Foto: Ascom/Cidasc

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) foi informada, no dia 28 de dezembro de 2024, pela Polícia Militar Ambiental, grupos de mensagens e redes sociais, que foram constatadas pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina após o consumo de mexilhões retirados dos costões nos municípios de Laguna, de Imbituba e na localidade do Pântano do Sul, em Florianópolis.

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Até o momento, os resultados do monitoramento realizado rotineiramente pela Cidasc nos locais de produção de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) no Estado de Santa Catarina não detectaram presença de toxina produtora de intoxicação em seres humanos. Cabe ressaltar que os municípios de Imbituba e de Laguna não possuem áreas de produção e, portanto, não são alvo de monitoramento oficial.

Outro ponto a ser destacado é que a extração de mexilhões no período de defeso, que iniciou no dia 1º de setembro e encerra nesta terça-feira, dia 31, é um crime ambiental e não poderia estar sendo realizada.

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Entretanto, em função das notificações, para fins de investigação de prováveis causas da intoxicação, reforçando o compromisso com a saúde pública, a Cidasc realizará nova análise na área de produção do Pântano do Sul e também está realizando coletas para análises nos município de Imbituba e de Laguna, ainda no dia de hoje (29.12). Assim que saírem os resultados, os mesmos serão divulgados e as recomendações atualizadas.

Com o objetivo de previnir intoxicações causadas por moluscos bivalves, a Cidasc ressalta que não é recomendado o consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas, por serem áreas que não são alvo de monitoramento oficial. A Cidasc monitora constantemente as áreas de cultivo para preservar a saúde dos consumidores. A alga Dinophysis, quando se prolifera na água, libera a toxina ácido ocadaico, que os moluscos absorvem ao filtrar a água do mar.

Fique atento!

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A toxina não prejudica a saúde destes animais aquáticos, mas pode provocar sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentarem da carne dos moluscos bivalves em que ela esteja presente. Enjôo, diarreia e vômito podem ser sintomas de intoxicação: neste caso, busque atendimento médico e notifique a Vigilância Sanitária e a Cidasc pelo número da Ouvidoria de Santa Catarina 0800 644 8500.

Monitoramento constante

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo de moluscos bivalves. O Molubis: Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.

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