Florianópolis voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking da inflação entre 17 capitais brasileiras, com uma alta acumulada de 6,84% nos últimos 12 meses, conforme aponta o ICV (Índice de Custo de Vida) da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina). O percentual supera com folga o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mediu 5,53% de inflação nacional no mesmo período.
O levantamento, divulgado nesta terça-feira (13), confirma a pressão inflacionária crescente na capital catarinense. No acumulado de janeiro a abril de 2025, Florianópolis aparece empatada com Aracaju (SE) no topo da inflação nacional, sinalizando uma tendência preocupante para os consumidores da região.
Alimentos foram os principais responsáveis pela disparada nos preços, com aumento médio de 9,65%. O destaque negativo vai para o café em pó, com alta de 82,46%, seguido pelo café solúvel (66,83%), tomate (38,60%), costela bovina (31,39%), filé mignon (30,99%) e chocolates e bombons (28,68%). A cesta básica, portanto, pesou mais no orçamento das famílias da Capital.
Outros itens que figuram entre os dez maiores aumentos incluem pedras para construção (+55,45%), móveis infantis (+35,13%), shorts e bermudas masculinas (+33,01%) e uniformes escolares (+31,51%), mostrando que a inflação afeta diferentes setores da economia doméstica.
Entre os grupos de despesas analisados, os maiores reajustes ocorreram em Alimentação e bebidas (+9,65%), Despesas pessoais (+8,67%), Transportes (+7,93%), Habitação (+7,69%) e Educação (+6,90%). Por outro lado, vestuário foi o único grupo com queda de preços (-1,16%), enquanto comunicação (+1,57%) e artigos de residência (+0,80%) tiveram variações tímidas. O ICV/Udesc acompanha mensalmente 297 produtos e serviços desde 1968. Mais detalhes estão disponíveis em udesc.br/esag/custodevida.