Uma das festas populares mais antigas de Florianópolis, o Ciclo do Divino Espírito Santo começa neste sábado, 24 de maio, com uma programação especial que marca o início do ano jubilar. O evento de abertura, realizado na Catedral Metropolitana, reunirá casais festeiros de diversas comunidades da Capital e de municípios vizinhos, dando início a uma jornada de mais de quatro meses de celebrações religiosas e culturais. A partir das 9h, o público poderá acompanhar o benzimento dos pães do Divino, hasteamento das bandeiras e o tradicional cortejo pelas ruas do Centro.
O secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Roberto Katumi, destaca o valor histórico do evento: "O Ciclo do Divino é uma das maiores expressões culturais da nossa cidade. Além de valorizar a religião e a fé, manter viva essa tradição é também cultivar a memória e as raízes açorianas de Florianópolis”. A tradição dos casais festeiros, responsáveis por liderar as celebrações em suas comunidades, permanece como um dos pilares do evento, reforçando os laços de fé, solidariedade e identidade cultural entre os participantes.
A cerimônia de abertura contará ainda com a apresentação das cortes, falas de autoridades e, como ponto alto, o cortejo pelas principais ruas do Centro, a partir das 10h20. O trajeto começa na Rua Tenente Silveira e segue pela Deodoro, Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva até retornar ao Largo da Catedral. O encerramento terá a participação especial do Grupo Etnográfico da Beira, dos Açores, simbolizando a conexão com as origens lusitanas da festa.
Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Florianópolis, o Ciclo do Divino Espírito Santo terá festas em 14 comunidades da Capital, entre os meses de junho e setembro. A celebração se encerra oficialmente em 25 de setembro, com uma sessão solene na Câmara Municipal e cerimônia final na Catedral. “Neste ano jubilar, celebramos a fé e a cultura que atravessa séculos e continua viva nas nossas comunidades”, afirma Roseli Pereira, Coordenadora Executiva da Fundação Franklin Cascaes. A festa é, sobretudo, uma forma de resgatar tradições, valorizar a espiritualidade e fortalecer o sentimento de pertencimento entre os moradores da Ilha.