Na manhã desta terça-feira (27), a Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, com o suporte do Ministério Público e do GAECO, deflagrou a Operação SILVAM VINDICAT no município de Santa Terezinha, localizado no Alto Vale do Itajaí. A iniciativa ocorre no Dia Nacional da Mata Atlântica, simbolizando a luta da natureza por justiça, como sugere o nome da operação, derivado do latim: "Silvam Vindicat", que pode ser traduzido como “A floresta reivindica”. O foco é combater uma organização criminosa responsável pela extração ilegal de madeira nativa, especialmente na Fazenda Parolin, uma área que abrange cerca de 12 mil hectares de Mata Atlântica.
Com o emprego de 72 policiais militares ambientais, estão sendo cumpridos 7 mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça. As investigações revelam um cenário alarmante: mais de 1.200 hectares de vegetação nativa foram desmatados ilegalmente, com a utilização de estruturas clandestinas, como serrarias móveis, acessos improvisados e depósitos escondidos em meio à mata. Desde 2007, a área já acumulou mais de 31 autuações, mas a reincidência das infrações e a atuação organizada de criminosos ambientais culminaram na necessidade da operação.
Além dos crimes ambientais, a investigação revelou práticas graves como violência, fraudes fundiárias e sabotagens contra o projeto da futura Reserva Ecológica Parolin, que visa preservar o ecossistema da região. A operação também conta com o apoio aéreo da Aeronave Águia, do Batalhão de Aviação da Polícia Militar, reforçando a abrangência e a eficácia da ofensiva contra os crimes ambientais.
A Operação SILVAM VINDICAT representa um marco na proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina. Em uma data simbólica, o Estado envia um recado claro: a destruição ambiental não ficará impune. O caso evidencia a urgência de políticas públicas e ações coordenadas para garantir que áreas de preservação não continuem sendo alvo de grupos criminosos que colocam em risco o futuro de um dos biomas mais ricos e ameaçados do país.