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Santa Catarina inaugura laboratório pioneiro para monitoramento climático extremo

Novo laboratório integra rede estadual para pesquisa avançada e reforça a capacidade de previsão e resposta a eventos climáticos extremos

Jaime Júnior Soares
Por: Jaime Júnior Soares
31/05/2025 às 21h14 Atualizada em 31/05/2025 às 22h25
Santa Catarina inaugura laboratório pioneiro para monitoramento climático extremo
Santa Catarina inaugura laboratório pioneiro para monitoramento climático extremo - Foto: Divulgação/Fapesc

Santa Catarina deu um passo importante na pesquisa climática e ambiental com a inauguração do Laboratório Multiusuário de Clima e Ambiente (LMCA), no campus do IFSC em Florianópolis, nesta sexta-feira (30). A estrutura, considerada pioneira no Brasil, conta com supercomputador de alto desempenho e estações meteorológicas instaladas em quatro cidades do estado. O investimento de R$ 2,5 milhões foi viabilizado pelo Programa Multilab SC, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

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O LMCA é parte de uma rede que fortalece a infraestrutura científica catarinense. Segundo Fábio Wagner Pinto, presidente da Fapesc, a criação de laboratórios multiusuários vem consolidando o estado como referência nacional em tecnologia. “Estamos estruturando espaços modernos para que pesquisas multidisciplinares sejam desenvolvidas e para que os estudantes tenham acesso a ferramentas de ponta”, destaca. O Programa Multilab, lançado em 2023, já apoiou 50 projetos e está em sua segunda edição em 2025, ampliando a cobertura para novos centros universitários.

De acordo com Flávia Maia Moreira, pró-reitora do IFSC, o LMCA é uma conquista que vai além da comunidade acadêmica. “Com equipamentos de última geração e uma proposta interdisciplinar, o laboratório vai melhorar a capacidade de monitoramento, modelagem numérica e inovação climática no estado. A pauta do clima é global e estamos formando profissionais preparados para lidar com seus desafios”, afirmou. O laboratório também visa melhorar a previsão de eventos extremos, que frequentemente afetam Santa Catarina, e contribuir para a mitigação de seus efeitos.

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Com 800 processadores e 200 TB de armazenamento, o novo sistema computacional permitirá a realização de previsões numéricas mais precisas e rápidas, integrando dados observacionais com modelagem avançada. As atividades do LMCA terão apoio de instituições como o IMA, Epagri/Ciram, Defesa Civil, UFSC, USP, UFAL e até da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) dos EUA. “Estamos conectando ciência, inovação e tecnologia para oferecer respostas mais eficazes às mudanças climáticas que impactam diretamente a vida da população catarinense”, finalizou o coordenador do LMCA, Mário Leal de Quadro.

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