O Sintraturb, sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo na região, aprovou em assembleia na noite desta quarta-feira (11) a decretação de greve dos ônibus na Grande Florianópolis. A paralisação está marcada para começar na quinta-feira (12) e poderá ser total ou parcial, dependendo da evolução das negociações. A decisão foi tomada após a rejeição das propostas patronais apresentadas durante a assembleia realizada nas proximidades do Terminal de Integração do Centro (Ticen), em Florianópolis.
Segundo o dirigente sindical Ricardo Freitas, não está prevista interrupção total no início do dia, mas a paralisação poderá ser deflagrada a qualquer momento durante a quinta-feira. A greve pode afetar diretamente a rotina de milhares de usuários do transporte coletivo, já que os trabalhadores atuam em sete municípios da Grande Florianópolis: Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
A categoria estava em estado de greve desde o dia 30 de maio, o que significa que a paralisação já vinha sendo considerada como uma possibilidade concreta. No entanto, até o momento da decretação oficial, o transporte público seguiu operando normalmente. A decisão de greve ocorre após inúmeras tentativas frustradas de negociação entre os trabalhadores, as empresas concessionárias e os representantes das administrações municipais envolvidas.
Entre as principais reivindicações dos rodoviários, estão: reajuste salarial de 6%, aumento de 10% no vale-alimentação (elevando o benefício para R$ 1.258 mensais), além de um acréscimo de 8% na gratificação para quem atua como motorista e cobrador. Os trabalhadores também pedem a contratação de mais cobradores, melhores condições de trabalho e a reformulação do plano de saúde oferecido pelas empresas.
A paralisação nos ônibus da Grande Florianópolis gera forte impacto na mobilidade urbana e exige atenção redobrada por parte da população. Com a possibilidade de uma greve ampla, o deslocamento entre os municípios da região pode ser severamente comprometido. As autoridades municipais e os representantes do setor de transporte público ainda não apresentaram um plano emergencial. Usuários devem buscar alternativas ou se preparar para atrasos e interrupções no serviço.