Após cinco horas e meia de paralisação, os ônibus começaram a voltar gradualmente às ruas de Florianópolis a partir das 10h30 desta quinta-feira (12). A interrupção pegou os passageiros de surpresa, já que o sindicato havia informado na noite anterior que não haveria impacto no início da operação. A paralisação, no entanto, começou às 5h da manhã e afetou 89 linhas operadas pelas empresas Transol e Canasvieiras.
A plataforma A do Ticen (Terminal de Integração do Centro) foi totalmente fechada durante a greve, que teve início sem aviso prévio. Passageiros ficaram sem alternativas de transporte, principalmente nas regiões Norte e Leste da cidade, onde atua a empresa Canasvieiras, cuja garagem foi bloqueada. Com isso, grande parte da operação ficou comprometida até o final da manhã.
De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana de Florianópolis, Araújo Gomes, até a retomada parcial dos serviços, apenas 30% dos horários programados estavam sendo cumpridos. “Estamos acompanhando a execução dos horários. A melhor forma de o cidadão verificar a situação de cada linha é pelo aplicativo Floripa no Ponto”, orientou o secretário.
A greve foi aprovada na noite de quarta-feira (11) durante assembleia do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis). Apesar da aprovação, o dirigente Ricardo Freitas afirmou que não haveria paralisação nas primeiras horas do dia. A mudança repentina de postura gerou confusão entre os usuários, que esperavam uma manhã de circulação normal.
Mesmo com parte das linhas voltando a funcionar, o impasse entre o Sintraturb e o Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis) ainda não foi resolvido. A situação segue instável, e não há garantia de que o serviço será mantido ao longo do dia ou nos próximos. Os usuários devem seguir acompanhando as atualizações em tempo real para evitar transtornos.