Diante da escalada de tensão entre Irã e Israel, parte da comitiva brasileira que participa da Muni Expo/Muni Tour 2025 será escoltada nesta segunda-feira (16) para a Jordânia, por medida de segurança. Porém, a vice-prefeita de Florianópolis, Maryanne Mattos (PL), e o secretário de Proteção Civil e Segurança Pública de Joinville, Paulo Rogério Rigo, optaram por permanecer em Israel, mesmo com o risco de novos conflitos.
Segundo Maryanne, a decisão foi tomada com base em orientação do próprio governo israelense, que afirmou que os visitantes estariam mais seguros nas áreas com infraestrutura adequada. “Aqui tem toda a estrutura, para no alarme, em alguma situação, eu poder me proteger. Se eu estiver na rua ou na estrada, é bem mais complexo”, explicou. Ambos os brasileiros estão acompanhados de outros três integrantes da delegação.
A situação no país ainda é incerta, especialmente porque o espaço aéreo segue fechado após os ataques aéreos do Irã contra Tel Aviv. A volta ao Brasil, que estava prevista para a próxima sexta-feira (20), depende da reabertura do tráfego aéreo. “Temos que aguardar”, disse Maryanne, destacando que segue em contato com autoridades.
Durante os ataques da última semana, os brasileiros se abrigaram em bunkers nos hotéis onde estavam hospedados. Maryanne relatou momentos de tensão e sensação de impotência diante do bombardeio. Já o secretário Rigo, que é capitão da reserva do Exército, tentou acalmar o grupo tocando violão durante o confinamento. Ele destacou que escolas, hospitais e hotéis israelenses têm infraestrutura subterrânea preparada para esse tipo de emergência.
O Itamaraty, em nota divulgada no sábado (14), informou que está em contato com o governo israelense e que solicitou prioridade na evacuação das comitivas brasileiras. Até o momento, a recomendação é para que os grupos permaneçam no país até que haja segurança para deslocamentos aéreos ou terrestres.