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Greve do transporte segue sem solução na Grande Florianópolis

Greve dos ônibus paralisa a Grande Florianópolis e negociação segue travada Trabalhadores e empresas ainda não chegaram a consenso após reunião no MPT-SC

Jaime Júnior Soares
Por: Jaime Júnior Soares
17/06/2025 às 22h00 Atualizada em 17/06/2025 às 22h35
Greve do transporte segue sem solução na Grande Florianópolis
Categoria avalia nova proposta em assembleia marcada para o dia 24 de junho - Foto: Divulgação/JCC

A greve do transporte público na Grande Florianópolis continua sem previsão de encerramento, mesmo após uma reunião realizada nesta terça-feira (17), que contou com a presença de representantes das concessionárias e dos trabalhadores. O encontro foi mediado pelo Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) e durou mais de três horas, mas terminou sem avanço nas negociações. A audiência ocorreu na sede do órgão, em Florianópolis, e foi conduzida pelo Procurador Regional do Trabalho, Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas.

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Apesar do impasse, uma nova proposta foi apresentada aos trabalhadores, que será avaliada em assembleia marcada para o dia 24 de junho, às 20h30. A expectativa é de que essa reunião possa ser o ponto de virada para encerrar a paralisação que afeta milhares de usuários do transporte coletivo. No entanto, o conteúdo da proposta ainda não foi divulgado oficialmente.

O presidente do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), Gildo Formento, afirmou que existe esperança de um entendimento entre as partes. “Nós temos uma grande esperança, depois dessa tarde toda de negociações. Agora, vamos ter que aguardar a assembleia deles para ver se é aceita, ou se não é aceita”, comentou. O advogado do sindicato patronal, Gustavo Guimarães, também reforçou que todos estão empenhados em alcançar um acordo que beneficie a categoria.

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A paralisação dos ônibus foi oficialmente decretada no dia 11 de junho, após o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) aprovar a greve. Antes disso, os motoristas e cobradores já estavam em estado de greve desde o dia 30 de maio, situação que não havia impactado diretamente a operação do sistema de transporte.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores, estão a recontratação de cobradores, reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e no plano de saúde. A greve foi deflagrada após sucessivas tentativas de acordo com as concessionárias e prefeituras da região não resultarem em avanços concretos. A continuidade do movimento grevista até a próxima semana mantém em alerta a população que depende do transporte público diariamente.

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