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Vitiligo afeta mais de 1 milhão de brasileiros e exige cuidados especiais com a pele

Especialistas alertam para a importância do uso de protetor solar, acompanhamento médico e acolhimento emocional

Jaime Júnior Soares
Por: Jaime Júnior Soares
23/06/2025 às 02h12 Atualizada em 23/06/2025 às 12h09
Vitiligo afeta mais de 1 milhão de brasileiros e exige cuidados especiais com a pele
Doença autoimune que provoca manchas brancas pode surgir em qualquer idade e não é contagiosa - Foto: Divulgação/FreePik

O vitiligo é uma condição autoimune caracterizada pela perda da pigmentação da pele, formando as chamadas máculas acrômicas — manchas brancas que se destacam principalmente em pessoas com pele mais escura. A doença atinge cerca de 2% da população mundial e, no Brasil, está entre as 25 doenças dermatológicas mais frequentes, afetando mais de 1 milhão de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.

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A dermatologista e professora do Idomed, Dra. Fabíola Anders, explica que o vitiligo pode surgir em qualquer fase da vida e o seu avanço é bastante variável. “O curso do vitiligo é incerto. Alguns pacientes apresentam repigmentação espontânea, enquanto outros mantêm as manchas por longos períodos”, afirma. Ela ressalta que ainda não se conhece com precisão a causa da condição, mas fatores genéticos têm papel importante — cerca de 20% dos casos apresentam histórico familiar.

Apesar de não causar riscos à saúde física, o vitiligo pode ter impactos emocionais e estéticos, afetando diretamente a autoestima dos pacientes. “É importante lembrar que não é uma doença contagiosa, e o desconforto que ela provoca está relacionado, principalmente, à aparência da pele”, destaca a especialista. O esclarecimento sobre isso é fundamental para combater o preconceito e desinformação.

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Os cuidados com a pele são essenciais para quem convive com a doença. De acordo com Dra. Fabíola, as áreas despigmentadas têm maior sensibilidade à radiação solar, sendo indispensável o uso diário de protetor solar. Curiosamente, a exposição solar controlada, orientada por um dermatologista, pode ajudar no tratamento, como na fototerapia, que estimula a repigmentação.

Além disso, a médica enfatiza que a pele de quem tem vitiligo é normal em todos os outros aspectos. O acompanhamento médico regular é fundamental para avaliar a evolução da doença e indicar o melhor tratamento — que pode incluir medicamentos tópicos, fototerapia ou terapias imunomoduladoras. “Informação e acolhimento são aliados poderosos. Saber que o vitiligo não compromete a saúde e que há tratamentos eficazes ajuda o paciente a viver com mais qualidade de vida”, finaliza.

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