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Santa Catarina alerta para o aumento de óbitos por diabetes e reforça importância do diagnóstico precoce

Secretaria da Saúde destaca rede estruturada e reforça cuidados para prevenção e controle do diabetes

Jaime Júnior Soares
Por: Jaime Júnior Soares
26/06/2025 às 14h58 Atualizada em 26/06/2025 às 15h53
Santa Catarina alerta para o aumento de óbitos por diabetes e reforça importância do diagnóstico precoce
Mais de 2,5 mil pessoas morreram pela doença só em 2024 no estado - Foto: Divulgação/FreePik

No Dia Nacional de Conscientização sobre o Diabetes, celebrado em 26 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) chama a atenção da população catarinense para a gravidade da doença, que tem apresentado altos índices de óbitos e internações. O diabetes mellitus (DM) é causado pela produção insuficiente de insulina ou pela incapacidade do organismo de utilizar adequadamente o hormônio, essencial para o controle da glicose no sangue. Santa Catarina dispõe de uma rede pública de saúde estruturada, desde a atenção primária até o atendimento especializado e de urgência, para acolher os pacientes com a doença.

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Somente em 2024, foram registrados 2.593 óbitos por diabetes no estado, sendo 1.433 mulheres (35,2 por 100 mil habitantes) e 1.160 homens (29,1 por 100 mil habitantes). Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) contabilizou 4.091 internações hospitalares por complicações decorrentes da doença. Os números demonstram um cenário preocupante e reforçam a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico contínuo.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), entre os anos de 2020 e 2024, Santa Catarina acumulou 12.083 mortes por DM, representando um aumento de 25,4% na série histórica. Nesse período, também foram registradas 20.002 internações, com alta gradual desde 2020. As mulheres continuam sendo as mais afetadas, tanto em mortalidade quanto em frequência de hospitalizações.

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O diabetes é uma doença crônica que, sem o devido controle, pode causar complicações severas, como insuficiência renal, cegueira, amputações e doenças cardiovasculares. Existem dois tipos principais: o tipo 1, mais comum em crianças e jovens e que exige o uso diário de insulina; e o tipo 2, mais frequente em adultos e geralmente associado a obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada. Para a técnica da DIVE, Franciele Budziareck das Neves, é fundamental que o paciente mantenha uma rotina saudável, com atividade física regular, controle emocional, alimentação balanceada e o abandono de hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo de álcool.

Os sintomas mais comuns incluem sede excessiva, urina frequente, cansaço, perda de peso sem causa aparente e visão embaçada. Ao notar esses sinais, é essencial procurar atendimento médico imediato. Embora o diabetes não tenha cura, ele pode ser controlado com acompanhamento adequado, garantindo qualidade de vida e redução dos riscos de complicações. A prevenção e o cuidado diário são as principais armas contra essa doença silenciosa, que segue impactando milhares de famílias catarinenses.

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