Antes do final desta semana, é preciso falar em responsabilidades sobre o acidente que ocorreu com o reservatório da Casan, em Florianópolis. Para uma investigação isenta, a Casan precisa fazer uma profilaxia interna para apurar possíveis responsáveis. O mínimo que se espera é o afastamento de integrantes da companhia que estão relacionados a obra, para entender se eles possuem responsabilidades. Essa investigação ou sindicância precisa iniciar imediatamente.
O "afastamento de certos nomes" é importante para que nenhum processo interno seja contaminado. Até a transparência é fundamental, já que verificando no site da Casan, não foi possível encontrar documentos relacionados a obra.
A situação é complexa. Nos bastidores, fala-se que um laudo da Defesa Civil de Florianópolis já apontava problemas na estrutura e isso soma-se aos relatos de moradores que já vinham denunciando vazamentos no reservatório. Está claro que houve falhas internas, por isso, a Casan precisa tomar medidas urgentes quanto ao seu quadro.
O exemplo precisa partir da própria companhia. A perplexidade gira entorno de pessoas que podem ser responsáveis pela tragédia e que 'possivelmente' podem estar envolvidos no atendimento aos afetados. Se isso ocorreu, é muito mais grave.
O desastre do Monte Cristo já superou o da Lagoa da Conceição, quando houve o rompimento de uma lagoa de evapoinfiltração. De tudo, a Casan aprendeu a dar uma resposta mais adequada a um desastre.
Naquela ocasião da Lagoa, a companhia ficou atordoada e não conseguiu prestar a devida atenção aos afetados e nem colocar informações corretas sobre o ocorrido. Desta vez, o novo presidente da companhia esteve no local, prestou solidariedade, levou lanche e antes mesmo das pessoas saírem de casa já estavam contabilizando os afetados e os prejuízos.