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Topázio sanciona lei contra fogos de artifício, mas passará a valer só no Carnaval

Medida deveria valer já no Réveillon da Capital, mas baterias de fogos ainda são permitidas na virada de 2024

Emanuel Soares
Por: Emanuel Soares
31/10/2023 às 15h02
Topázio sanciona lei contra fogos de artifício, mas passará a valer só no Carnaval
Prefeito assinou documento hoje no gabinete, mas medida vale apenas em 90 dias | Foto: Matheus Thiesen

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, sancionou nesta terça-feira (31) o projeto de lei que proíbe os fogos de artifício na Capital. A medida que afetaria o Réveillon, passará a valer em 90 dias, apenas no fim de janeiro, quase no Carnaval. Sendo assim, o Réveillon com bateria de fogos será permitido. A prefeitura, no entanto, já suspendeu o show de fogos na Avenida Beira-mar Norte. Não foi especificado sobre quem vai fiscalizar a medida. A Ame Pirotecnia (Associação de Representação Nacional de Empresários da Pirotecnia) é contrária a lei e diz que tem uma campanha para distribuir abfadores aos que tem problemas de audição.

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A lei em questão dispõe sobre a proibição, queima, soltura ou qualquer outra forma de utilização de fogos de artifício e artefato pirotécnico no município de Florianópolis. A matéria, derivada de um projeto de 2017, foi proposta pela ex-vereadora Maria da Graça (MDB) e retomada pela vereadora Pri Fernandes (Podemos), ambas defensoras da causa animal. A medida também teve apoio de pais que possuem filhos com autismo e que sentem muito o excesso de barulho.

A Ame Pirotecnia confirmou que é totalmente contrária a uma lei que impeça a comercialização e a explosão de bateria de fogos. A associação disse que comprou abafadores de som por causa dos autistas e tem a ideia de distribuir os materiais.

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A assinatura da lei foi realizada na sala de reuniões do gabinete do Prefeito, no centro da cidade. Foram mais de dois anos de debate, revisão e pedido de informação antes de ir à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e ter seu texto aprovado, em plenário no final de setembro de 2023.

A justificativa da proibição é proteger os animais e os humanos, como os de espectro autista, dos estampidos. Porém, a lei abre espaço para fogos até 60 decibéis, quando soltos em “celebrações de caráter cultural”.

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