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Florianópolis, SC
A Casan executa a partir desta semana mais uma etapa de recuperação da área no entorno da Lagoa de Evapoinfiltracao (LEI) do Sistema de Esgotamento Sanitário da Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Com material que foi retirado do fundo da LEI e estava mantido em geobags, durante as próximas semanas será feita a recomposição do relevo de dunas.
Na continuidade do trabalho, nas áreas de dunas reforçadas será desenvolvido projeto de recuperação da vegetação de restinga. O objetivo é recuperar o ambiente e garantir a segurança e bem-estar da comunidade local.
Plano de Recuperação Ambiental
A reforço de dunas e a recuperação da vegetação de restinga são novas ações da Casan integradas ao Plano de Recuperação Ambiental iniciado logo após o acidente junto à Lagoa de Evapoinfiltração (LEI) em 2021. A região já recebeu um muro verde de contenção e passou por dragagem do fundo lamo-arenoso da LEI que recebe o efluente tratado do Sistema de Esgotamento Sanitário.
A Casan também modernizou o processo de depuração da ETE Lagoa para tratamento terciário, o que garante elevado padrão de qualidade do efluente final.
Com trabalhos coordenados por sua Gerência de Meio Ambiente, a Companhia também contratou estudos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos para avaliar os taludes da Lagoa de Evapoinfiltração, definir os níveis operacionais de água dessa estrutura e obter garantias para estabilidade das dunas, seu monitoramento e conservação. O investimento nas diversas ações já executadas, e em andamento, chegam a R$ 27 milhões.
“Desde janeiro de 2021 a Casan desenvolve um conjunto de ações para dar segurança para a população que vive próxima à Lagoa de Evapoinfiltração e também para recuperação ambiental da região. O trabalho de enriquecimento da vegetação de restinga, que será iniciado, a limpeza do fundo da lagoa, a construção do muro verde e a mudança no sistema de tratamento para terciário, que já foram executados, garantem mais qualidade ambiental para a região, além de trazer maior confiabilidade para todo o sistema”, ressalta a gerente de Meio Ambiente, Andreia Senna.
Depois do reforço do relevo de dunas, para estimular o retorno da vegetação serão aplicadas diversas técnicas. Entre elas, a transposição de solo, mudas, touceiras e de serapilheira, usada em projetos de restauração ecológica para reintroduzir a biodiversidade nativa em áreas degradadas.
A transposição é executada com a retirada de finas camada de solo em locais próximo ao que deve ser recuperado. O objetivo é a reintrodução de espécies características da área, que é de restinga arbórea e arbustiva.
“Formada pela camada de folhas secas e galhos, entre outros materiais que estão na superfície do solo, a serapilheira, formada possui uma rica diversidade de microrganismos benéficos e também de sementes. Ao ser aplicada sobre o solo degradado, a serapilheira atua como um meio de enriquecimento biológico, liberando nutrientes essenciais para as plantas e estimulando a revegetação”, explica o biólogo Emerilson Emerim, da Ambiens Sustentabilidade Integrada, empresa que executará a etapa de recuperação de restinga a serviço da CASAN.
AÇÕES EM DESENVOLVIMENTO
• Erradicação e controle de espécies exóticas: Tithonia diversifolia (margaridão-mexicano), Urochloa sp. (capim-braquiária) e Pinus sp. (pinus), conforme Lista Oficial de Espécies Exóticas Invasoras no Estado de Santa Catarina (Resolução CONSEMA Nº 08/2012).
• Estabilização e controle de dunas expostas.
• Remoção de fatores impactantes / geobags.
• Transposição de solo, mudas e touceiras.
• Semeadura de espécies nativas.
AÇÕES JÁ EXECUTADAS
• Sistema Emergencial de Bombeamento da Lagoa de Evapoinfiltração (LEI).
• Muro Verde de contenção de talude.
• Dragagem do fundo lamo-arenoso da LEI.
• Melhoria da Estação de Tratamento de Esgotos / Tratamento Terciário.
• Avaliação de taludes de dunas com estudos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos.
• Definição de níveis operacionais da LEI / Garantia para estabilidade das dunas, monitoramento e conservação.
