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Jorginho disse que chuva estava sob controle do Estado e não politizou ajuda de Lula

Decisão foi baseada em análise técnica, mantendo diálogo aberto com o Governo Federal

Emanuel Soares
Por: Emanuel Soares
19/01/2025 às 08h34 Atualizada em 19/01/2025 às 09h47
Jorginho disse que chuva estava sob controle do Estado e não politizou ajuda de Lula
Jorginho se encontra com Juliana Pavan, prefeita de Balneário Camboriú, e com o pai dela, o ex-governador Leonel Pavan, prefeito de Camboriú | Foto: Roberto Zacarias / Secom

Em tempos de crise, como as intensas chuvas que atingiram Santa Catarina recentemente, é fundamental que a sociedade se una em solidariedade e ação concreta. No entanto, o debate público muitas vezes fica invezado em política, como aconteceu após a decisão do governador Jorginho Mello de não acionar, de imediato, o auxílio federal oferecido pelo Governo Lula. A polêmica, que ganhou força nas redes sociais e em certos veículos de imprensa, dá o tom que Jorginho Mello "rejeitou ajuda com intenção política". Não é por aí e é importante esclarecer o que realmente aconteceu.

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Houve uma ligação da Defesa Civil Nacional ao Coronel Fabiano de Souza, secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, oferecendo apoio ao Estado diante da situação. Nesse diálogo técnico, Santa Catarina apresentou tabelas, estragos causados pelas chuvas e a estrutura disponível para atender aos afetados. A análise conjunta indicou que o Estado possuía, naquele momento, recursos suficientes para controlar a situação de forma autônoma.

Recursos, nesse caso, incluem mais do que verbas: englobam logística, equipes treinadas, e itens de ajuda humanitária. Ficou claro, contudo, que o canal de comunicação com a esfera federal permaneceria aberto. Caso a situação fugisse ao controle ou houvesse necessidade de reforço, Santa Catarina poderia acionar tanto o Governo Federal quanto outros Estados que também se colocaram à disposição.

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Cabe ressaltar algo importante: o número de 13 cidades em situação de emergência não se aproxima dos mais de 200 municípios afetados pela chuva e por enchentes no final de 2023, incluindo cidades que estavam em calamidade pública. Naquela ocasição, houve ajuda federal se consideramos que 2/3 dos municípios tiveram problemas.

A decisão foi embasada em uma avaliação técnica, considerando que a resposta local é suficiente neste instante. Infelizmente, o debate público frequentemente ignora os fatos em favor de narrativas que alimentem divisões políticas. Politizar uma crise não é e nunca será o caminho nestes momentos. O diálogo ficou aberto com o Governo Federal em caso de qualquer situação fugir do controle.

Por fim, não há como comparar o atual fato com a enchente de 2023 ou com a tragédia climática de 2024 no Rio Grande do Sul. Situações distintas e respostas diferentes. E no caso de uma chuva como a mais recente, o governo deu todo o auxílio necessário e segue entregando ajuda nos municípios afetados.

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